1º de maio: pouco a comemorar e muito a resistir

O povo brasileiro vive um momento assustador com as reformas que atacam todos os direitos dos trabalhadores encaminhadas pelo Governo de Jair Bolsonaro. Em 1° de maio é comemorado o Dia Internacional do Trabalhador. Em diversos países do mundo a data é feriado nacional e dedicada à realização de festas em homenagem aos trabalhadores. Pelo menos no Brasil, o dia não deve ser marcado com festejos e sim, reflexão, luta e defesa de direitos. O trabalhador brasileiro tem pouco ou quase nada a comemorar no 1º de maio.  O desemprego cresce e chega a R$ 8 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho em um governo que não apresenta políticas de crescimento econômico possibilitando a geração de emprego e renda. Em quatro meses de mandato de Bolsonaro foram cortados investimentos prioritários na educação, saúde e valorização do mínimo; ataque aos direitos trabalhistas e sociais conquistados há décadas com muita luta e, ações contra as estatais com projetos de privatização e destruição do patrimônio público entre tantos projetos de desmonte do país.  Tão grave quanto tudo isso é o projeto de destruição da previdência pública com a PEC da Reforma da Previdência. Uma proposta que reduz na maioria das aposentadorias o salário para o mínimo, levando à população na velhice a extrema pobreza e priorizando os banqueiros com o favorecimento à previdência privada.  Para o presidente do Sindicato, Valdir Machado da Silva, os bancários e a demais categoria não tem o que comemorar: “Há quase dois anos os trabalhadores perderam direitos com a reforma Trabalhista e agora estamos prestes à pior perda que é o direito a uma aposentadoria digna com a proposta da Reforma da Previdência. Neste sentido voltamos ao passado, da luta que resultou no 1º de maio onde diversos trabalhadores protestaram garantindo conquistas que usufruímos até hoje. Agora nós é que teremos que voltar às ruas para combater esta reforma e a privatização dos nossos bancos públicos”, avalia o presidente.

História
No dia 1° de maio de 1886, trabalhadores em Chicago realizaram uma grande paralisação em busca de melhorias no trabalho. Eles reivindicavam a diminuição da carga horária de 13, para 8 horas diárias. Toda essa luta foi reprimida por policiais, resultando na morte de diversos manifestantes e deixando dezenas de feridos. Para homenagear todos que lutaram nesse dia importante de resistência e busca de direitos, o dia 1° de maio foi declarado oficialmente em 1889 como o Dia do Trabalhador. Em nosso país, essa data passou a ser comemorada a partir de 1925. Desde então, foi marcada por diversas conquistas trabalhistas, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o salário mínimo.