Banco do Brasil quer reduzir PLR do programa próprio
Banco do Brasil quer reduzir PLR do programa próprio
Além da redução da regra da Fenaban, banco quer cortar PLR do programa próprio pela metade
O Banco do Brasil se manteve irredutível no corte de direitos apresentados nas reuniões anteriores e, na reunião desta segunda-feira (24), apresentou mais uma proposta que afetará diretamente a renda dos funcionários: a redução da PLR linear paga pelo programa próprio do banco.
No Acordo Coletivo de Trabalho em vigência, o banco distribui 4% de seu lucro líquido linearmente entre os funcionários. O Banco quer reduzir esse percentual para 2% do lucro líquido.
“A redução proposta na mesa única de negociações já levava a uma queda de até 48% do valor pago aos trabalhadores. Com essa redução de 50% do programa próprio do banco o valor cairá ainda mais. É inaceitável!”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Com essa proposta, o banco não nos dá alternativa. Ele está jogando os funcionários para a greve”, completou. A redução chega a 42% do valor nos salários de ingresso (escriturários e caixa).
Mais cortes de direitos
Nas últimas reuniões de negociações, o Banco do Brasil já havia apresentado propostas de retiradas de direitos dos funcionários. Primeiro levantou a possibilidade de redução do tempo de avaliação necessário para retirada de comissão de função e, na última reunião, apresentou a proibição da acumulação e venda dos cinco dias de folga a que o funcionário tem direito a cada ano; o fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM e outras subsidiárias do banco.
“É pauta do governo Bolsonaro, que quer rebaixar salários e reduzir direitos de todos os trabalhadores de empresas estatais, inclusive dos bancos públicos”, avaliou Fukunaga.
“Os funcionários não aceitam esses ataques. Entendemos que o Banco do Brasil não apenas têm totais condições de manter todos os nossos direitos, mas também atender todas as nossas reivindicações. Os funcionários estão mobilizados e vão lutar para que elas sejam atendidas”, disse a secretária da Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.