Campanha Nacional – Bancários da base de Criciúma aprovam proposta e terão R$ 4,64% de reajuste
Com reajuste de 4,64% para salários, VA e VR, PLR e todas as demais verbas,os bancários e bancárias da base do Sindicato de Criciúma e região dos bancos privados e públicos Caixa, Banco do Brasil e Banrisul aprovaram a proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e os Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Caixa e Banco do Brasil, da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024.
A votação aconteceu em assembleia virtual, que iniciou às 20h de quarta-feira (4) e se encerrou às 20h da quinta-feira (5).
A proposta aprovada prevê acordo de dois anos. Para 2024, reajuste de 4,64% para salários, VA e VR, PLR e todas as demais verbas, o que representa 0,7% de aumento real, considerando uma projeção de inflação de 3,91%. O aumento real poderá ser maior, caso a inflação seja menor em agosto (o INPC oficial sai somente em 10 de setembro). Lembrando: o reajuste bancários 2024 é retroativo à data base da categoria: 1º de setembro.
Para 2025, o aumento real está garantido. O reajuste bancário será composto da reposição da inflação (INPC), mais ganho real de 0,6% sobre salários e todas as demais verbas.
Além disso, o acordo aprovado pela categoria prevê a antecipação da PLR para setembro, a antecipação do pagamento da 13ª cesta alimentação para outubro e avanços em dez novas cláusulas sociais
A proposta aprovada dos bancos para a renovação da CCT da categoria prevê novidades em dez temas sociais que ampliam a convenção em cerca de 50 novas cláusulas, além de aumento real nos salários e nas demais verbas, incluindo vales alimentação (VA), refeição (VR), auxílio creche/babá e na participação nos lucros e resultados (PLR). (leia mais sobre a proposta para a CCT)
A proposta do Banco do Brasil para a renovação do ACT prevê avanços em pelo menos 12 pontos do acordo coletivo dos funcionários, dentre eles nova regra da PLR com limite de sete salários por ano; abertura de quatro mil vagas de assistente de negócios, supervisor de atendimento e caixas; ampliação do número de faixas na tabela de pontuação por mérito e o compromisso, por parte do banco, de manter a gratificação do Caixa até dezembro deste ano, para os agentes comerciais que vinham recebendo esta gratificação.
A proposta da Caixa para a renovação do ACT demorou mais tempo para ser finalizada, mas também trouxe inúmeros outros avanços, como a possibilidade de incorporação da gratificação de função, Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), porte de agência e do Adicional Pessoal Provisório de Adequação, via acordo na Comissão de Conciliação Voluntária (CCV); retorno da nomeação efetiva de novos caixas e tesoureiros, com o fim da designação de função por minuto; a discussão sobre o fim do teto de gastos do banco com a saúde do quadro de pessoal e extensão aos contratados depois de 2018 do direito de manutenção do plano do Saúde Caixa após a aposentadoria; e o debate sobre o equacionamento dos déficits, o contencioso e outras questões da Funcef.
Saiba mais sobre as novas conquistas
Verba de requalificação
Reajuste de 8%, com isso o valor passa a ser R$ 2.285,84.
Piso de contínuos e pessoal da portaria
Reajuste salarial de 15%.
Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho
Pela primeira vez, os bancos concordaram em incluir explicitamente o termo “assédio moral” nas negociações, atendendo a uma reivindicação histórica da categoria;
Ficou estabelecida uma manifestação de repúdio contra qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho, reforçando o compromisso com um ambiente seguro e respeitoso;
Criação de um canal de apoio dedicado às vítimas e de um canal específico para denúncias de assédio e outras formas de violência, que incluirá atendimento às bancárias vítimas de violência doméstica.
Mulheres na tecnologia
Devido à queda no número de mulheres na categoria, em especial devido ao avanço da tecnologia, onde elas ainda são minoria, o comando cobrou e conquistou:
Concessão de 3.000 bolsas de curso para capacitar mulheres, pessoas trans e PCDs em programação, visando aumentar a representatividade feminina no setor tecnológico, realizado pela Progra{maria}.
Além disso, 100 bolsas serão oferecidas para programa intensivo de aprendizagem, voltado para a formação avançada de mulheres na tecnologia, realizado pela Laboratória.
Ex-bancárias poderão participar dos cursos
As indicações para as vagas terão também a participação dos sindicatos de todo o país
Pessoas com Deficiência (PCDs)
Concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que trabalhadores com deficiência possam atender às suas necessidades sem prejuízo.
Prevenção à violência contra a mulher bancária
Implementação de um canal de apoio exclusivo e outras medidas específicas para proteger as mulheres bancárias contra violência, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.
Combate à violência contra a mulher na sociedade
Os bancos se comprometem a manifestar publicamente o repúdio à violência contra a mulher, além de disseminar informações e recursos para apoiar a prevenção desse tipo de violência.
Igualdade salarial entre homens e mulheres
Compromisso com a igualdade salarial entre gêneros.
Adesão ao Programa Empresa Cidadã, garantindo licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 20 dias.
Mudanças climáticas e calamidades
Em caso de desastres naturais ou outras calamidades, será garantida a criação de um Comitê de Gestão de Crise, quando solicitado pelo Comando Nacional dos Bancários.
O comitê terá a autorização prévia para tomar decisões necessárias que assegurem a proteção e os direitos dos bancários afetados.
Implementação de medidas trabalhistas específicas durante situações de calamidade para assegurar vida e o bem-estar dos trabalhadores.
Censo da categoria 2026
A Fenaban se comprometeu a planejar em 2025 e realizar até o final de 2026 uma nova edição do Censo da Diversidade do Setor Bancário, para mapear e promover a diversidade no setor.
Inteligência artificial e requalificação
Iniciativas de requalificação profissional para adaptar a força de trabalho às novas demandas tecnológicas.
LGBTQIA+, com destaque para pessoas transgênero
Os bancos reforçam seu repúdio à discriminação e garantem o uso do nome social para pessoas transgênero, antes mesmo da obtenção do registro civil, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo.
Com informações da Contraf-CUT e Bancários São Paulo