8 de março: Sindicato homenageia mulheres bancárias
Este ano, o brinde entregue as bancárias das agencias de Criciúma e mais nove municípios de base do Sindicato foi uma touca, com um cartão da entidade. “Este mimo foi distribuído para marcar o Dia Internacional da Mulher e ressaltar a sua importância para levar em frente às muitas lutas que estão colocadas para conquistar a igualdade de gênero, contra a violência destacando ao alto índice de feminicídio e, principalmente, respeito que a mulher merece por seu papel na sociedade”, explica a diretora de comunicação, Dirceia de Mello Locatelli. Ela lembra ainda o novo desafio para garantir uma aposentadoria digna após a entrega da proposta na Câmara Federal da Reforma da Previdência elaborada pelo governo de Bolsonaro extremamente prejudicial às mulheres.
Desigualdade de oportunidades no setor bancário
A desigualdade de oportunidades no ambiente de trabalho prejudica cruelmente as mulheres. No setor bancário, por exemplo, a diferenciação de gênero pode ser vista pelos cargos e salários.
Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados pelo Ministério do Trabalho no dia 2 de março, as 1.283 mulheres admitidas nos bancos em janeiroreceberam, em média, R$ 3.116,41. Esse valor corresponde a 71,8% da remuneração média auferida pelos 1.316 homens contratados no período.
Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 991 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.649,80, o que representou 76,3% da remuneração média dos 956 homens desligados dos bancos no período. A categoria bancária sempre teve papel importante nesta luta, tendo sido a primeira a conquistar uma cláusula de igualdade de oportunidades na sua Convenção Coletiva de Trabalho. A categoria é inclusive citada como exemplo pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por esta conquista.