Mais de 500 pessoas na greve geral em Criciúma. Bancários participaram do protesto
Mais de 500 pessoas participaram do protesto contra a Reforma Reforma da Previdência e em defesa da educação pública dia 14 de junho em Criciúma. A paralisação acontece em os pais com adesão de diversas categorias protestando nas praças e ruas. Os sindicatos dos bancários, saúde, metalúrgicos, ceramistas, da alimentação e demais entidades da região participaram dos protestos. Eles iniciaram a concentração na Praça da Chaminé com palavras de ordem e faixas contra os ataques dos direitos, em defesa da previdência e educação e seguiram até o terminal central onde foi fechado por cerca de 15 minutos. Durante a caminhada pela Avenida Centenário a mobilização recebeu apoio de várias comerciantes com aplausos. A polícia militar acompanhou todo o ato. Em seguida fizeram passeata passando pelo INSS até a praça Nereu Ramos no centro. A greve foi organizada no Brasil pelas centrais sindicais, estudantes e demais entidades sociais. “Sem propostas para a economia, o desemprego só cresce e o Governo ainda quer roubar o pouco dos milhões de brasileiros tirando o seu direito a se aposentar e, dos metalúrgicos a aposentadoria especial”, avaliou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Francisco Pedro dos Santos. Para presidente do Sindicato dos Bancários, Valdir Machado da Silva participei e achei válido o protesto. Minha preocupação é porque somente 7% da população sabe o que é a Reforma e o que ela vai fazer. Isso é preocupante é bem como fala Roberto Marinho o grande manipulador da imprensa: “o importante não é que você publica mas o que não publica.” E é isso que está acontecendo o Governo não explica a verdadeira proposta que tira o pouco do trabalhador e mantém os privilégios dos grandes. Além de aumentar o tempo de contribuição, o mais grave é a redução dos salários pela metade e sem reajuste e INPC. A população precisa acordar pois ela pensa que sabe mas não sabe que não sabe e vai sofrer no futuro”, pontua Valdir que além de bancário é professor da rede pública. Na saúde, explica a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Criciúma e Região, Gabriela Pnkoski, os profissionais serão extremamente prejudicados com a perda da aposentadoria especial: “O profissional da saúde acolhe e cuida de vidas e muitas vezes ele próprio não se cuida e acaba sofrendo com doenças físicas e emocionais. Com a Reforma, se uma mulher se formou no curso técnico de Enfermagem em 2002 por exemplo, iniciando a trabalhar em condições insalubres, com 24 anos, em 2003, ela teria condições de se aposentar com 49 anos, com valor integral, se nunca tivesse ficado desempregada. Se a Reforma for aprovada, essa mesma mulher só se aposentaria com 61 e 6 meses anos. Mesmo com documentos que comprovassem as condições insalubres que precisou enfrentar, ela teria que contribuir 37 anos e 6 meses de contribuição. Poderia se aposentar com valor proporcional a 96% da média aritmética de todos os seus salários de contribuição. Ou, ela poderia se aposentar com 40 anos de contribuição e 64 de idade para receber o valor integral”, explica a presidente. “Como vão ficar os trabalhadores das cerâmicas sem a especial? Quem vai trabalhar arte 70 anos a mais de mil graus e recebendo metade dos salários?”, Questionou o presidente do Sindicato dos Ceramistas Itaci de Sá.