Contra a terceirização, Sindicato entrega panfleto de repúdio aos funcionários do Santander em Criciúma
Sindicatos dos bancários de todo o país realizam manifestações nas portas e imediações de agências e unidades administrativas do banco Santander desde a madrugada desta terça-feira (30) contra a prática de terceirizações promovidas pelo banco, que tem aberto empresas para realocar bancários dentro de seu próprio grupo econômico.
“A gestão é do Santander, o lucro é do Santander, as empresas pertencem ao Santander, mas os trabalhadores não têm os mesmos direitos e salários que os bancários”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. “O banco ignora o desejo desses trabalhadores, que querem permanecer como bancários e ignora o pedido de negociação do movimento sindical. Queremos negociar e resolver esse conflito. Caso o banco permaneça inerte os protestos vão aumentar!”, completou Lucimara antes de pedir: “Negocia Santander!”
A representação dos trabalhadores encaminhou uma carta ao Santander expondo a situação e, mais uma vez, solicitando negociação. O banco protela a resposta.
#SomosBancários
“Com a criação de empresas e a realocação de bancários para trabalhar nestas empresas o Santander promove uma clara interferência na organização sindical dos trabalhadores”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia ao destacar que a categoria bancária é organizada nacionalmente e, por isso, tem força para lutar pelos direitos e por novas reivindicações dos trabalhadores. “O banco busca enfraquecer a organização dos trabalhadores. E, com a realocação dos bancários nestas empresas, aumenta ainda mais seus lucros e o poder de negociação dos trabalhadores, que perdem em organização, representação e força”, completou o dirigente da Contraf-CUT.